Wanessa Camargo lembra mudança de vida com sucesso de Zezé

Filha de um dos grandes nomes do sertanejo, ela mesma com quase duas décadas de carreira, Wanessa Camargo não se deslumbra com a fama ou a vida confortável. É que a cantora de 36 anos lembra os tempos em que Zezé Di Camargo, ao lado de Luciano, tentava o sucesso, e a transformação na vida da família com o estouro de É o Amor, em 1991. “O que mudou foi o material, a gente não se tornou mais feliz por conta disso”, afirma a artista.

Bem-humorada, ela conta que, de dia para um outro, a vida simples da família – com a mãe, Zilu Godoi, e os irmãos, Camila e Igor – virou uma história de Cinderela, com uma casa maior, viagens, escolas caras. “Foi um baita de um trauminha, mas o que me ajudou foi minha família, meu pai”, diz a cantora, ressaltando a mudança de realidade proporcionada pelo trabalho de Zezé.


“Lógico que teve uma situação ou outra onde a gente podia ter uma dor ou uma tristeza e não teve mais. Meu pai não transformou só a nossa vida e dos meus avós paternos, ele transformou a vida do meus avós maternos, dessa outra família. Muita gente mudou de vida”, diz Wanessa.

Filha mais velha, ela testemunhava Zezé trabalhando duro. “Via que existia muito esforço, que não era glamour”, diz a cantora que não esquece as lições do passado. “Quando eu falo que amo fazer compras de casa – e sim, sou que vou ao mercado -, é porque eu lembro de cada vez que a geladeira enchia. A gente não passava fome, mas tinha limitações. Quando meu pai e minha mãe conseguiam encher a geladeira era uma festa em casa. Me dava uma sensação de segurança ver a geladeira cheia. Por isso que gosto de fazer compras de mercado, porque aprendi que não é fácil ter a geladeira cheia”, explica.

Wanessa tenta passar sua experiência de vida para os dois filhos, José Marcus, de 7 anos, e João Francisco, de 5, com o empresário Marcus Buaiz. “Outro dia um dos meninos jogou um brinquedo no chão, eu peguei e falei: ‘deixa a mamãe te explicar uma coisa’, e contei a minha história”, explica. “É importante não dar demais para eles mesmo a gente tendo condição. É importante eles não terem sempre o querem para dar valor e não verem aquilo como sempre disponível até porque pode ser que não seja mesmo”, ensina.

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