Votos por CPF e novos patrocinadores: o que esperar do BBB24?

O Big Brother Brasil (BBB), maior reality show do país, tem estreia marcada para 8 de janeiro e as marcas patrocinadoras já foram divulgadas, contando com cotistas e participantes de dinâmicas. Além disso, um novo modelo de votação será estreado no programa, permitindo apenas um voto por CPF.  

João Finamor, professor de marketing da ESPM explica como a presença das marcas durante o reality pode trazer mais visibilidade a elas e atrair novos clientes. “Representa uma vitrine ímpar, proporcionando um amplo reconhecimento. Além disso, quando utilizado numa narrativa de transmídia, consegue alcançar o consumidor em múltiplos pontos de contato, gerando interação, conexão e o desejado fortalecimento do vínculo entre marca e consumidor”, diz.

Neste ano, as cotas do BBB foram estruturadas de forma distinta, sendo divididas em três categorias, são elas: Cota Big, a mais valiosa do BBB, que permite ao patrocinador participar ao longo de toda a jornada do reality show; Cota Camarote, que oferece ampla exposição das marcas ao longo da atração, incluindo a possibilidade de exposição em provas e outras dinâmicas na casa; e Cota Brother, que permite ao cotista participar de momentos significativos do BBB e garante a inserção da marca em três dinâmicas: 1 prova bate-e-volta, 1 festa e 1 Prova do Anjo. 

O especialista da ESPM acredita que para além da visibilidade, um bom storytelling é essencial nessas ações. “Uma exposição extraordinária de marca carece de significado se não estabelecer uma conexão autêntica com o cliente através de uma narrativa envolvente”, afirma Finamor. “A Avon e McDonald ‘s no BBB 21, por exemplo, ilustram o sucesso de ações de merchandising, aproveitando o programa para lançar e desenvolver campanhas que se desdobravam nas redes sociais, interagindo com o público”, completa.

O programa também terá um novo modelo de votação, além do antigo, permitindo que o público vote apenas uma vez. João Finamor diz que o voto por CPF, correspondendo a 50% do total, é uma tentativa de equilibrar a votação.

Marcelo Crespo, coordenador e professor dos cursos de graduação e pós-graduação em direito da ESPM,  no entanto, acredita que mesmo com essa limitação de voto, não há garantia de que não haja pessoas votando com o CPF alheio, e que um sistema mais “seguro” seria mais burocrático e acabaria desestimulando as pessoas de votar.

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