Geraldo Luís diz que médica que recusou pasta de Bolsonaro salvou sua vida

Dias após deixar a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Vila Nova Star, onde estava internado havia 11 dias tratando de complicações da Covid-19, o apresentador Geraldo Luís, 49, resolveu agradecer à médica Ludhmila Hajjar, a mesma que recusou a vaga no Ministério da Saúde do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Depois de Deus, ela! Hoje a médica Ludhmila Hajjar, combatente contra a Covid, que me salvou. Obrigado a todos que estão me fazendo passar dia após dia nesse rio turbulento. Só quem passou sabe”, começou.

O apresentador continua internado e agora segue a rotina de fazer fisioterapia no quarto. “Sem dores nem falta de ar. A cada um de vocês meu carinho e agradecimento pelas orações. Pulmão ainda em recuperação segundo a tomografia mostrou”, disse.

O filho de Geraldo, João, também teve a doença. “Joao ficou três dias ruim e pouca alteração, está superbem e segue comigo”, contou. O apresentador aproveitou para cobrar a imunização da população.

“Aqui fico em oração a todos que como eu com Covid lutam pela vida”, afirmou. “Que a misericórdia e a vacina cheguem a todos. Vacina urgente para um país doente.”

Geraldo teve de ser hospitalizado no dia 1º de março. Na época, ele estava com 20% de comprometimento dos pulmões por causa do coronavírus. O apresentador havia estreado o programa A Noite É Nossa, na Record, no dia 20 de janeiro.

A cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou ter recebido ameaças após ter se reunido neste domingo (14) com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, para discutir a possibilidade de assumir a pasta no lugar no general Eduardo Pazuello.

As declarações foram dadas em entrevistas à CNN Brasil e à Globo News. A médica afirmou que seu número de celular foi divulgado em grupos de WhatsApp, o que resultou em uma onda de ataques que a deixou assustada.

“Recebi ataques, ameaças de morte que duraram a noite, tentativas de invasão em hotel que eu estava, fui agredida, [enviaram] áudio e vídeo falsos com perfis, mas estou firme aqui e vou voltar para São Paulo para continuar minha missão, que é ser médica.”

A cardiologista contou ter deixado o hotel após as ameaças, mas garantiu que isso não influenciou sua decisão em recusar o ministério. Ela ainda disse que não teve medo, pois a “causa é muito maior”.

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